O ENCONTRO ENTRE O FEMININO BRASILEIRO E O ISLÃ: CAMINHOS E DESENCONTROS
Mônica Peralli Broti
Paulo Roberto Monteiro de Araújo
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Resumo: O artigo investiga o encontro entre a mulher brasileira e o discurso tradicionalista da religião do Islã no sentido de como tal aproximação abre à mulher novos significados culturais e existenciais. Partiu-se, da revisão das principais questões de gênero observadas em campo com entrevistas e, consequentemente de suas relações com o contexto da cultura ocidental moderna. Além disso, analisou-se como as considerações dessas mulheres foram interpretadas à luz de autores como Hannah Arendt e Elisabeth Roudinesco, que se dedicaram a descrever as esferas política e social da modernidade.
Palavras-Chave: Tradição, Islã, gênero, modernidade.
Summary: The article investigates the meeting between Brazilian women and the traditionalist speech of Islam, in a way that such approach opens new cultural and existential meanings to these women. It all started from the review of main questions of gender observed in the field throughout interviews, and consequently from the relations with the context of modern occidental culture. Besides all that, it analyzes how the considerations of these women were interpreted by some authors such as Hannah Arendt and Elisabeth Roudinesco who dedicated themselves to describe social a political spheres of modern times.
Keywords: Tradition, Islam, gender, modernity.
Minicurrículos: Mônica Peralli Broti é Mestranda no Programa de Pós-Graduação Educação, Arte e História da Cultura na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atualmente é professora no Colégio São Judas Tadeu. Atua principalmente nas seguintes áreas: História do Brasil e Geral, Cultura Brasileira e Multiculturalismo.
Paulo Roberto Monteiro de Araújo – Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em Educação, Arte e História da Cultura na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua principalmente nas seguintes áreas: Cultura Contemporânea, Arte, Ética e Filosofia Política.
O ENCONTRO ENTRE O FEMININO BRASILEIRO E O ISLAM: CAMINHOS E DESENCONTROS
Mônica Peralli Broti
Paulo Roberto Monteiro de Araújo
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Oh! O amanhã é sempre o grande momento
De que amanhã se trata?[1]
Os estudos sistemáticos sobre as desigualdades de gênero[2], colocados no campo da teoria política feminista trouxeram uma situação inédita: mulheres brasileiras que cresceram em meio a costumes ocidentais, manifestam o desejo à conversão ao Islam, e reivindicam o direito ao parentesco como vida privada e à procriação assistida[3]. No Brasil, país marcado por diferenças sociais profundas, onde é patente a luta pela incorporação das mulheres à ordem existente, a partir dos anos 1980 a pluralidade de abordagens sobre as questões femininas – a luta pelo voto, acesso à educação, assim como a exigência de direitos iguais no casamento e do direito ao divórcio, do direito das mulheres à integridade física e a controlar sua capacidade reprodutiva – definiram discussões teóricas no ambiente acadêmico e também na prática política. Apesar da exigência da cidadania igual para os dois sexos, o que aconteceu nos últimos anos para que a mulher considerada inferior tenha desejado não apenas ser reconhecida como cidadã integral, mas encarna o empoderamento da identidade e religiosidade da “nascida muçulmana”? Por que esse desejo de resgate de outra cultura que não a sua?
Para abordar tais depoimentos requer uma rigorosa reflexão sobre o mundo moderno. Ao mesmo tempo, outra atenção deve ser direcionada ao significado desse momento histórico e as implicações sobre a condição humana. No que concerne particularmente a esse contexto político e social, a importância de alguns acontecimentos valemo-nos de duas intelectuais que contribuíram enormemente, cada qual a seu modo, para o debate. Trata-se de Hannah Arendt e Elisabeth Roudinesco.
A condição humana (2015) de Hannah Arendt, permanece fundamental para “pensar o que estamos fazendo” (ARENDT, 2015, p. 25). E o resultado desta análise, o de reconsiderar a condição humana do ponto de vista das mais novas experiências, que faz do texto um parâmetro para a tarefa de compreensão dos motivos e intenções das mulheres brasileiras ao se reverterem[4] às comunidades muçulmanas firmemente arraigadas na tradição.
Muitas das críticas dirigidas ao contexto histórico atual como a perda da autoridade do pai, a precariedade da economia moderna e a própria família desconstruída, partem de Elisabeth Roudinesco. Historiadora da psicanálise, comprometida em efetuar uma leitura da relação entre a sociedade ocidental moderna e o manifesto de homens e mulheres pelo direito aos valores tradicionais, sobretudo do modelo familiar conservador. Em sua obra A família em desordem (2003), Roudinesco resgatou a história da família e suas mutações estabelecidas pelas inovações tecnocientíficas e pela própria economia moderna. Para ela, a família era então contestada, rejeitada, declarada funesta ao desabrochar do desejo e da Liberdade sexual (ROUDINESCO, 2003, p. 8). Contraditoriamente em nossa era contemporânea, marcada pelo veloz desenvolvimento tecnológico tais declarações parecem obsoletas, e hostis à “moral civilizada”[5] em busca de regra e de um “familiarismo redescoberto”[6].
Feita essa breve apresentação sobre a questão do retorno a modelos tradicionais de comportamento, partamos às ideias centrais de Arendt sobre o homem e à história deste bem como às críticas de Elisabeth Roudinesco a questão do comportamento, para a reflexão sobre as considerações e experiências de mulheres revertidas ao contexto islâmico.
O Islã e a Modernidade
Há diversas temáticas relacionadas ao status da mulher entre as comunidades islâmicas que permeiam de forma significativa o imaginário social como a imagem, a discriminação de gênero e corpo, religiosidade e o uso da vestimenta. Para uma maior reflexão a respeito do feminino no Islã, compreender as motivações que levam mulheres brasileiras à conversão e à prática religiosa merece atenção aprofundar e analisar mais esse contexto histórico pós-moderno.
O emprego do termo Islã reporta-se a uma civilização que cresceu e floresceu sob a égide da religião islâmica. Para os seguidores da religião, o termo Islam compreende a submissão e devoção à vontade de Alá (Deus único) e também a paz (Salam) que se efetiva através da aceitação por parte do fiel das verdadeiras palavras e dos mais belos nomes deixados pelo criador.
O islamismo surgiu no ano 622 da era crista na etnia árabe – núcleo e agente difusor do Islã – e foi a última das grandes tradições monoteístas a se consolidar na civilização humana, tendo seu início marcado pelos ensinamentos do Profeta Muhammad[7].
Segundo a crença islâmica Muhammad, reconheceu-se Profeta e Mensageiro depois de uma intensa experiência de meditação em seus retiros anuais, no silêncio do deserto. “Em pouco tempo adquiriu o título de As sadiqul Amin que quer dizer o sincero e fidedigno” (MAZLOUM, 2014:29). Muhammad recebeu a Revelação Divina no ano de 610 d.C. na língua árabe, através do Arcanjo Gabriel. O conjunto das Revelações foi denominada Alcorão (Qu’ran – a Recitação). Esse texto considerado sagrado pelos fiéis é composto de 144 capítulos (suras), foi revelado lentamente, linha por linha e versículo por versículo, num período de 23 anos, “(…) tornou-se um estatuto de vida através do qual se realiza a justiça social, a paz, a harmonia e o bem-estar para toda a humanidade. Disse Allah (o Altíssimo): E não te enviamos senão como misericórdia para todas as criaturas”[8].
As orientações de Muhammad, conhecido como Hadith, é igualmente seguida pelos fiéis. Através dele é transmitido a Sunnah[9] ou a “Tradição” de como o Profeta conduzia seus valores morais. O Islã, como “religião divinamente revelada” (al-Sheda, 2014, p. 13), defende cinco bases de devoção para orientar os seguidores muçulmanos em suas relações com Deus. São as chamadas de Cinco Pilares do Islamismo: o primeiro consiste na profissão islâmica da fé, a Shahada – “Ninguém tem direito de ser adorado além de Alá, e que Maomé é seu servo e Mensageiro”[10]; o segundo pilar recomenda a prática da oração – Sallah – que consiste num conjunto de citações repetidas cinco vezes ao dia; o terceiro pilar é denominado Zakaah, é uma certa porcentagem de dinheiro que o muçulmano rico dá ao pobre necessitado; o quarto pilar trata da participação no jejum – sawn – que acontece no mês do Ramadan, o mês que marca o início da Revelação. A hajj, peregrinação feita pelo muçulmano até a Casa Sagrada de Alá (a Ka’bah), é o quinto pilar da religião. Este pilar do Islam é obrigatório a todo file, homem ou mulher, uma vez na vida, se eles tiverem condições físicas, financeiras e alcançado a puberdade.
Retorno à tradição
Nesse contexto cultural de regras e preceitos frente às exigências das esferas política e social do mundo pós-moderno, mulheres brasileiras assumem suas perspectivas no processo de inserção nas comunidades islâmicas. O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE – aponta entre 2000 e 2010 um crescimento de 29% dos praticantes da religião no país. Em números cerca de 30 mil brasileiros convertidos, mas a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS – estima que o número tenha saltado de 600 mil em 2010 para entre 800 mil e 1,2 milhão de fiéis em 2015, esses números distribuídos pelo país, o Estado de São Paulo possui a maior concentração 24% dos muçulmanos contra a segunda maior comunidade de 16% em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná.
Durante a pesquisa do artigo realizada na Mesquita do Pari – Liga da Juventude Islâmica Beneficiente do Brasil – situada entre esse bairro e o do Brás, mulheres declaradas muçulmanas dispuseram-se a participar de uma entrevista individual, semi-dirigida e de questões abertas, cujo material foi posteriormente analisado com método qualitativo (CRESUSWELL, 2000). As participantes consentiram para a realização da pesquisa e divulgação do estudo. Seus nomes foram substituídos por outros fictícios, de modo a preservar o anonimato e sua identidade.
Quando lhes foi perguntado sobre o sentido da religião muçulmana, tradição familiar, valor da mulher e ainda sobre o matrimônio e o uso do véu – hijab, as respostas foram muito próximas em sentido do desejo pelos valores tradicionais de família, escola, nação e – sobretudo – às críticas ao mundo moderno:
Maria, 52 anos, viúva, pedagoga:
“Há três anos conheci o Islã através de uma amiga e comecei a frequentar a mesquita, estudar o Alcorão e esclarecer as minhas dúvidas com o cheikh [xeque] Rodrigo Rodrigues. Eu era evangélica e sentia que faltava algo. Depois da minha conversão, sou muito feliz, passei a entender que a minha vida aqui na Terra, é apenas passageira, preparo-me todos os dias para a eternidade e não penso mais na vaidade feminina, só com o uso do hijab [véu] sinto-me uma mulher de verdade”.
Para o cheikh [xeque] Rodrigo Rodrigues[11], brasileiro e natural da cidade de Porto Alegre, responsável pelos assuntos religiosos da mesquita do Pari, reconhece que nos últimos anos houve um aumento significativo do número de mulheres que se reverteram ao Islã:
“A desorganização familiar do contexto social atual, as integrações globais através dos meios eletrônicos – mídia e Internet – facilitam o acesso ao relacionamento entre homens, mulheres e jovens brasileiros com países muçulmanos. Outro fato que atrai, foi a exibição, pela Rede Globo, da novela O Clone, em 2001, criou-se o estereótipo do ‘árabe rico’, do ‘árabe gentil e sedutor’, influenciando sobre o imaginário feminino. Muitas mulheres, quando procuram a mesquita, vêm em busca de uma família e tentam resolver suas carências de afeto. Muitas se relacionam com homens que usam do estereótipo criado por elas e vem ao Brasil em busca apenas de um visto. A crise econômica tornou países como Egito, Marrocos, Tunísia, Paquistão, Índia, Iraque e Turquia áreas de risco para mulheres que procuram relacionamentos com estrangeiros ditos ‘árabes’. É comum ouvir dessas mulheres: ‘Eu me converti’; ‘A cada oração me faz melhor’”.
A partir dos relatos das brasileiras convertidas ao Islam é possível perceber a fidelidade à religião nas suas atitudes e condutas do seu cotidiano; fazem do uso do véu uma rotina e os valores da tradição familiar apresentaram-se prioritariamente. Notadamente em todos os depoimentos havia uma postura por parte das mulheres entrevistadas de inquietação, desconforto e distanciamento com os padrões culturais e de comportamento da sociedade pós moderna.
Em um livro publicado em 2004, Elisabeth Roudinesco[12] dialoga com a sede de uma ou várias das grandes interrogações que perpassam nossa época – as transformações na família ocidental, a fragilidade do Estado enquanto instituição, os sistemas de pensamento hegemônicos ou dominantes, a organização dos espaços e o controle da ordem e mostra a crescente insegurança e incerteza que ocupam lugares cada vez mais centrais nos modos de vida contemporâneos, quando o homem passou a ser sujeito de seu destino, de suas escolhas e conflitos.
Espaço público e a construção da identidade
Nessa perspectiva, as transformações da organização da vida atual, desempenharam o papel revelador de uma crise identitária particularmente aguda das sociedades ocidentais da era moderna, em suas relações de trabalho, familiar, cultura e espaço público. A modernidade se caracteriza, contudo, em desconstruir a solidez do Estado e o desmantelamento da ordem tradicional das outras instituições, implicando um permanente recomeço significativo existencial, social e histórico dos seres humanos:
O que se perdeu na era moderna não foi, naturalmente, a capacidade para a verdade ou a realidade ou a fé, nem a concomitante aceitação inevitável do testemunho dos sentidos e da razão, mas a certeza que antes as acompanhava” (ARENDT, 2015, p. 344).
A “desconstrução da família” e a revalorização da sua função paterna foram evocadas de forma unânime nos discursos das brasileiras muçulmanas. As transformações da família conjugal dita “nuclear” nesse mundo em mutação foram severamente criticadas e o “desejo de normatividade” (ROUDINESCO, 2003, p. 11), repousa na tentativa em organizar a desordem do mundo.
Quanto à família, pode-se distinguir três grandes períodos de uma história de evolução. Numa primeira fase, a família na Europa da Idade Média, serve acima de tudo para assegurar a transmissão de um patrimônio. Os casamentos arranjados entre os pais sem que a vida sexual e afetiva dos futuros esposos seja levada em conta. Numa segunda fase, a família “moderna” cujo modelo se impõe entre o final do século XVIII e meados do XX passa a ser fundada no amor romântico. Passa a existir a reciprocidade dos sentimentos e desejos carnais por intermédio do casamento. E a partir dos anos 1960, impõe-se na família “contemporânea” – ou “pós-moderna –, dois indivíduos em busca de relações íntimas ou realização sexual.
Nessa perspectiva, Arendt sublinha a distinção usada na Antiguidade Clássica e ainda na Idade Média entre as esferas privada e pública. O traço distintivo da esfera do lar, do privado (oikos) era que o fato de que nela, os homens viviam juntos para desempenharem as atividades relativas a suas necessidades e carências à manutenção da vida. Baseavam-se nas relações de parentesco como a phatria (irmandade) e a phyle (amizade). A tarefa do homem era considerada como evidente, para fornecer o sustento e o trabalho da mulher era sujeito à procriação e o cuidado e a manutenção da ordem doméstica. O público, ao contrário, era a zona do discurso, do uso da palavra e da persuasão, do aparecimento e da visibilidade e, por conseguinte da política: um espaço reconhecido de opinião e ação.
A tentativa do homem pela compreensão desses espaços público e privado no mundo moderno recai sobre a sacralidade da vida. A razão para a existência humana é encontrada pelas mulheres muçulmanas nos ditos e ensinamentos de Maomé fundamentais para a conduta das suas ações e o credo, na imortalidade da vida individual, o que contribui para liberar as inquietações naturais originadas pela desordem e insegurança da era contemporânea.
Finalmente, a realidade de uma economia de mercado cada vez mais devastadora de um Estado que tem se mostrado distante na garantia das condições necessárias para a segurança da dignidade humana. Família e religião aparecem como as únicas instâncias capazes de darem bases humanas para que os sujeitos possam fazer frente as mazelas provenientes da desordem social. As mulheres brasileiras muçulmanas encontraram na fé, na tradição[13] um estado de alma livre de tensão e desprazer, a maneira transcendental de ver a vida, o mundo e os objetos e a construção da ideia de paraíso e eternidade tornaram-se para elas a forma simbólica de extrair o máximo da felicidade num curto tempo de prazer imposto pela modernidade tardia ou pós modernidade.
Talvez o esforço dessas mulheres na convivência com o mundo pós-moderno esteja apontando para nós a construção de novos caminhos, da perspectiva de diálogos com à imposição contemporânea de normas e sistemas, ou simplesmente busquem responder à pergunta – sempre atual – feita pelo escritor francês Victor Hugo há quase dois séculos: “De que amanhã se trata?”
NOTAS AO TEXTO
[1] “Spectre toujours masqué qui nous suit côte à côte. / Et qu’on nome demain! / Oh! Demain, cést la grande chose! / De quoi demain sera-t-il fait?”, Victor Hugo, “Napoléon II”, Les chants du crépuscule (1835), Paris, Gallimard, Bibliothèque de la Pléiade, t.1, 1964, p. 838 e 811. [Trad. livre: “Espectro sempre mascarado que nos segue lado a lado. / E que se chama amanhã! / Oh! Amanhã é o grande momento! / De que amanhã se trata?”] (ROUDINESCO, 2004, p.7).
[2] Derivado do latim genus, o termo “gênero” é utilizado habitualmente para designar uma categoria qualquer – classe, grupo ou família – apresentando os mesmos sinais de pertencimento. Em numerosos trabalhos contemporâneos, designa-se por “sexo” o que deriva do corpo sexuado (masculino ou feminino) e por “gênero” o que reporta à significação sexual do corpo na sociedade (masculinidade ou feminilidade) Cf. Joan Scott, “Gente: une catégorie utile d’analyse historique”, Les Cahiers du GRIF, 37-8, primavera 1988, p. 125-53 (ROUDINESCO, 2003, p. 115).
[3] A ideia de que a família é o âmbito primário das relações e, como tal, constitui as práticas relativas à maternidade, ao direito da criança à proteção convencional da esfera doméstica.
[4] Por natureza, no Islã os seres humanos nasceram todos muçulmanos e durante a Chaháda (Testemunho), dizendo: Testemunho que não há outra divindade além de Allah e Muhammad é o Mensageiro de Alá, ao fazer o reconhecimento o homem está voltando a sua origem como muçulmano.
[5] Ibid., p. 9.
[6] Ibid., 9.
[7] Muhammad é traduzido para o português como Maomé. (MAZLOUM, 2014, p. 3).
[8] Ibid., p. 29.
[9] Sunnah, ensinamentos e estilo de vida do Profeta (MAZLOUM, 2014, p. 111).
[10] Ibid., p.109.
[11] O objetivo do presente estudo foi compreender as motivações das mulheres brasileiras se converterem ao Islã, empregando o método qualitativo. Foram aplicadas entrevistas semidirigidas a doze mulheres e a dois Cheikhs da Mesquita Liga da Juventude Islâmica Beneficiente do Brasil e Mesquita São Paulo.
[12] ROUDINESCO, Elisabeth. De quoi demain. Paris: Arthème Fayard e Galilée, 2001.
[13] Entende-se por “tradicionalistas” aqueles que seguem os fundamentos da religião (FERREIRA, 2009, p. 123).
Referências:
AL-SHEHA, Abdurrahman. A mensagem do Islã. Tradução Nibevah Barreiros. São Paulo: Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, Alsofara, 2014.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução: Roberto Raposo, posfácio de Adriano Correia. 12ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.
ARMSTRONG, Karen. O Islã. Tradução: Anna Olga de Barros Barreto. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
BRANT, Isadora. 2015. No dia do muçulmano, mulheres explicam como é seguir o Islã no Brasil, Folha de S. Paulo, São Paulo, 12/05/2015.
FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES MUÇULMANAS DO BRASIL. Dados Estatísticos de 2010 a 2015. São Paulo: FAMBRAS.
FERREIRA, Francirosy Campos Barbosa. 2009. Teatralização do Sagrado Islâmico: a Palavra, a Voz e o Gesto. In: Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 29 (1): p. 95-125.
MAZLOUM, Cheikh Ahmad Osman. O profeta do Islã Muhammad. Tradução: Cheikh Ahmad Osman Mazloum. São Paulo: Publicação da Academia de Investigação e Ciências Islâmicas, 2014.
NASR, Dr. Helmi. Tradução do sentido do Nobre Alcorão para a língua portuguesa. Brasil: Society of the revival of Islamic Heritage, 2014.
ROUDINESCO, Elisabeth. A família em desordem. Tradução: André Telles. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
ROUDINESCO, Elisabeth. De que Amanhã… Diálogo. Tradução: André Telles. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.