LEITURAS DA METAPOESIA DE ANA CRISTINA CESAR E DE FERNANDO PESSOA – Dhandara Soares de Lima


LEITURAS DA METAPOESIA DE ANA CRISTINA CESAR E DE FERNANDO PESSOA
 

Dhandara Soares de Lima

UNIOESTE

 
Resumo: Ana Cristina Cesar (1952-1983) é uma das principais poetas da chamada “poesia marginal” brasileira. Sua obra, ainda que rica e complexa, normalmente é estudada a partir de uma perspectiva historiográfica ou sob a sombra de sua morte trágica (a poeta suicidou-se aos 31 anos). Assim, as comparações tecidas entre ela e outros poetas, de modo geral, condenam sua poesia a estes dois aspectos, simplesmente. Diferentemente, este artigo trata de uma importante parte de sua poética: o metapoema, ou seja, aquele que tematiza a própria produção poética ou o próprio poema em si – característico de sua escrita. O poeta português Fernando Pessoa (1988-1935), por sua vez, também se utilizou da metapoesia como meio de representação. Além de uma possível influência do trabalho de Pessoa nos escritos de Ana C., outros fatores aproximam os dois poetas, como tentaremos demonstrar neste trabalho. Finalmente, o objetivo principal da presente pesquisa é apresentar e refletir sobre os elementos que aproximam e os que distanciam a escrita metapoética do poeta português e a da brasileira. Tentaremos também complementar essas análises com alguns textos de crítica literária e ensaios acerca de literatura escritos pelos autores em destaque neste trabalho.
 
Palavras-chave: Literatura Comparada. Poesia Contemporânea. Literatura Brasileira. Escrita feminina.
 
Minicurrículo: Professora de Língua e Literatura de Língua Inglesa no curso de Licenciatura em Letras Português/Inglês e Respectivas Literaturas na UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Doutoranda em Letras (Literatura e Sociedade: Estudos Comparados). Mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UNIOESTE. Avaliadora oral dos exames internacionais de Cambridge/ESOL. Tradutora e revisora de línguas portuguesa e inglesa. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6015422207393688.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEITURAS DA METAPOESIA DE ANA CRISTINA CESAR
E DE FERNANDO PESSOA
 
Dhandara Soares de Lima
UNIOESTE
 
O Homem é uma soma heterogênea de solicitações inconscientes, a que uma consciência e uma razão, aquisições recentes da animalidade, presidem como um rei constitucional, que reina mas não governa. A acção humana é irracionalizável, contraditória, absurda. […] A mais lúcida e simples das nossas escolhas é inúmera e obscura nas suas origens.
Fernando Pessoa
 
 
Como ilustra a citação escolhida para figurar no início deste trabalho, as razões humanas são inúmeras. Uma vez que a literatura é a arte humana que utiliza a linguagem como forma de expressão e também mantendo em mente que a linguagem é uma das mais importantes formas de o humano compreender e refletir sobre o mundo e sobre si mesmo, a razão da produção de uma obra literária nos parece algo complexo demais para ser discutido em poucas páginas. Portanto, o objetivo deste trabalho não se centra na possibilidade (mesmo que bastante provável) de Ana Cristina Cesar, importante poeta brasileira, ter escrito seus poemas por influência da leitura de obras de Fernando Pessoa, grande cânone mundial.
Desta forma, nossa investigação foi motivada pela similaridade entre os poemas dos dois autores, ainda maior quando nos focamos nos trabalhos metapoéticos dos artistas. Como a obra de ambos é ampla, para a produção deste artigo selecionamos poucos poemas, para que a pesquisa pudesse ser um pouco mais apurada. A proposta, como será perceptível, não foi de realizar uma análise quantitativa, ainda que esta seja uma opção interessante para o futuro. Os poemas de Ana Cristina selecionados fazem parte da antologia póstuma Inéditos e Dispersos (1985), organizada por Arnaldo Freitas Filho. A seleção para o corpus de Fernando Pessoa privilegiou os textos metapoéticos mais conhecidos, assim como algumas de suas reflexões sobre arte.
Inicialmente, traçamos um panorama de vida e obra de Ana Cristina Cesar, de caráter introdutório. Então, passamos a alguns comentários sobre Fernando Pessoa e, na sequência, ao confrontamento entre os poemas e os ideias estéticos perceptíveis nas obras dos artistas em questão.
 
Sobre Ana Cristina Cesar
 
Ana Cristina César (1952-1983), ou Ana C. – como costumava assinar seus trabalhos –, nasceu e viveu no Rio de Janeiro, ainda que tenha viajado por muitos lugares do mundo. Ela escreveu e publicou diversas coletâneas de poemas, assim como livros sobre estudos literários e tradutológicos. Sua vida encontrou um fim talvez prematuro, com seu suicídio, aos 31 anos.
Tendo participado da coletânea 26 poetas hoje, organizada Heloísa Buarque de Holanda (2007), sua poesia ganhou reconhecimento no meio intelectual em sua própria época. Depois disso, publicou seus poemas em edição independente e, no contexto da repressão política em que vivia, devido à ditadura militar, publicou através de uma editora apenas seu último livro, A teus pés (1999). Assim, seu nome é um dos grandes expoentes da chama “geração mimeógrafo”, e sua poesia pertence ao contexto de poesia marginal dos anos 70 do Brasil. Sobre isso, a própria Ana Cristina asserta que
 
(…) a marginalidade é tomada não como saída alternativa mas sim como ameaça ao sistema, como possibilidade de agressão  e transgressão. A contestação é assumida conscientemente. O uso de tóxicos, a bissexualidade, o comportamento exótico são vividos e sentidos como gestos perigosos, ilegais e portanto assumidos como contestação de caráter político (CESAR, 1999, p. 123).
 
Contudo, cada vez mais estudos, na atualidade, tratam de como seu projeto poético não se limita aos preceitos “marginais” e como sua obra se diferencia da de outros autores reconhecidos da época. Sobre isso, Ivan Junqueira (1987) afirma que:
 
(…) enganam-se os que supõem haver desleixo formal ou discursivismo no verso da autora. Tais características são antes atributos da má poesia que escreveram quase todos os seus companheiros de geração. Esse aparente desleixo nada mais é que uma estratégia destinada a impedir que se coagulem a fluência do discurso e o ritmo do verso (JUNQUEIRA, 1987, p. 1).
 
Como podemos perceber a partir disso, Ana C. reconhecidamente difere-se dos outros de sua época. Mesmo assim, de forma geral sua obra é estudada a partir de dois prismas principais: seu contexto histórico ou sua morte trágica.
Contudo, ainda que tenha, de fato, compartilhado e contribuído com a estética de seus contemporâneos, cada vez mais estudos mostram como sua grande parte de sua obra diferiu da dos outros escritores e artistas de seu tempo. Ana Cristina, portanto, não pode ser tomada apenas como uma representante da época em que escreveu, mas como uma artista que, principalmente, não seguiu nem os modelos clássicos nem unicamente as tendências momentâneas. Estudando a obra de Ana C. e, principalmente, o distanciamento da obra desta das de seus contemporâneos, Marchi e Franchetti (2009) afirmam que:
 
Diante de uma questão sobre a relação entre a escrita em forma de diário e a expressão de intimidades, a poeta responde: (…) Aqui é fingido, é inventado, certo? Não são realmente fatos da minha vida. É uma construção. Mas há muitos autores que publicam diário. Quando você ler o diário do autor, de verdade, que ele escreveu sem uma intenção propriamente de fingimento, você vai procurar a intimidade dele. Se você vai ler esse diário fingido, você não encontra intimidade aí. Escapa… Então, exatamente o que é colocado como uma crítica é, na verdade, a intenção do texto (CESAR, p. 256 apud MARCHI; FRANCHETTI, 2009). (Grifos nossos).
 
O “fingimento” de que fala Ana Cristina nos remete imediatamente ao clássico poema de Fernando Pessoa, Autopsicografia, dentro da coletânea Cancioneiro, publicada em 1934:
 
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
 
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
 
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
 
É possível compreender, desde esse primeiro momento, que o conceito poético de Ana Cristina se aproxima do de Fernando Pessoa. O modo como essa aproximação se dá e quais são as concepções e os elementos compartilhados pelos projetos estéticos de Pessoa e de Ana C. são o tema das páginas que se seguem.
 
As aproximações entre os poetas e suas obras
 
Fernando Pessoa é um poeta que dispensa apresentações. Foi um dos maiores artistas da língua portuguesa e grande conhecedor de literatura. Sua obra, vasta e rica, é ainda discutida e analisada. Tendo vivido entre 1988 e 1935, Ana Cristina Cesar certamente teve acesso à obra desse importante nome da literatura, tendo até se referido a ele em seus poemas.
Como comentado na introdução, o norte desta pesquisa não é a busca por possíveis “fontes e influências” do trabalho de Ana C., relegando-a, assim, a uma posição de poeta “menor”. Dada a leitura de poemas como os que citamos, é perceptível que existe algo que os aproxima. Compreendemos, a partir de nossos estudos, que este “algo” pode ser um projeto estético que compartilhe conceitos – e aí se encontra a pergunta que instigou a presente pesquisa: quais conceitos?
Comecemos pela reflexão de que ambos Ana C. e Pessoa expressaram sua poética tanto em língua portuguesa quanto em inglesa, mesmo que predominantemente na primeira. Ana C., contudo, mistura mais os dois idiomas do que o poeta português. Portanto, não se expressaram apenas na língua materna, demonstrando perícia também em manipular outras formas de linguagem. A manipulação lingüística é um dos temas abordados por Pessoa em um de seus vários ensaios. O poeta sintetiza algumas de suas concepções acerca de poesia em um ensaio que escreve em português e em inglês: “um poema é uma impressão intelectualizada, ou uma ideia convertida em emoção, comunicada a outros por meio de um ritmo.” (PESSOA, s/n, p. 75).
Além disso, os dois poetas também foram tradutores e estudiosos de literatura, assim como escreveram poemas e ensaios sobre poesia, arte e literatura. Parte de suas obras literárias também são dedicadas ao metapoema, ou seja, a poesia que trata exatamente do fazer poético. Essas informações são relevantes quando nos atentamos ao que isso significa: foram poetas que se preocuparam não apenas com escrever bons poemas, mas que pensavam a arte e refletiam sobre a essência da poesia.
Em um estudo anterior[1], discutimos como Fernando Pessoa se encaixa na definição de poeta “artesão” – termo cunhado por Duffrene em sua obra O poético (1987):
 
Enquanto criadores de um efeito poético, Dufrenne distingue dois grupos nos quais os poetas podem se encaixar: o poeta artesão ou o poeta inspirado. O primeiro é o “artesão da linguagem” (1969, p. 124), que constrói o poema de forma deliberada calculada. O segundo “é menos cioso de seu ato do que propriamente de seu estado” (idem, p. 219), ou seja, ocupa-se do “estado poético” mais do que da construção do poema (LIMA; AISSA, 2009).
 
Como podemos compreender a partir de vários ensaios, poemas e declarações, Ana Cristina preocupava-se com a qualidade da literatura. Como podemos inferir de um de seus poemas, desconfia da poesia “inspirada”, uma vez que “a gente sempre acha que é / Fernando Pessoa” (CESAR, 1985, p. 182). Podemos inferir a partir desses dados, a poeta questiona sua própria produção, o que nos aponta para uma preocupação com seu fazer poético e mostra uma “desconfiança” da poeta em relação ao verso “fácil” e é um sinal de que podemos classificar Ana C. como uma poeta artesã, em contraponto ao poeta inspirado. Anteriormente, também classificamos Fernando Pessoa como poeta artesão. Este é um dos pontos principais e talvez a maior confluência entre o projeto estético desenvolvido por Pessoa e por Ana C.
Annita C. Malufe (2006) discorre sobre as acepções de Ana Cristina sobre as relações entre a intimidade do poeta (pessoa de carne e osso) e a produção da poesia. Assim, a estudiosa sintetiza alguns conceitos importantes à nossa pesquisa:
 
(…) para se produzir literatura, Ana C. acredita ser possível partir de uma emoção, um sentimento. Contudo, essa intimidade só é apropriada pelo escritor enquanto uma espécie de material bruto, inicial, sobre o qual será necessário trabalhar, empregando o que ela chama de “olhar estetizante” (MALUFE, 2006, p. 56-7).
 
Esse conceito de se criar um objeto estético a partir da experiência, ou seja, a necessidade de “lapidar” alguma sensação para, somente então, escrever, é algo também discutido por Fernando Pessoa sendo essencial:
 
(…) a composição de um poema lírico deve ser feita não no momento da emoção, mas no momento da recordação dela. Um poema é um produto intelectual, e uma emoção, para ser intelectual, tem, evidentemente, porque não é, de si, intelectual, que existir intelectualmente (PESSOA, s/n, p. 72).
 
Neste sentido, as concepções de fazer poético de Ana Cristina e de Fernando Pessoa são correspondentes. Assim como para Ana C., a criação do poema, para Pessoa, é um trabalho intelectual e não emocional. A emoção não tem lugar no fazer poético de ambos os poetas. Malufe, interpretando declarações e textos de Ana C., afirma que:
 
(…) segundo ela [Ana], nesta operação obrigatória para se produzir o texto literário, poético, não há como ser fiel ao sentimento inicial, ainda que assim o desejasse. Neste sentido, não haveria como fugir do fingimento (MALUFE, 2006, p. 56-7).
 
Assim, o trabalho intelectual é a parte mais importante da criação poética. Dois poemas de Ana C. e de Pessoa ilustram bem essa relação entre sentimento, fingimento e poesia:
 
POEMA ÓBVIO
 
Não sou idêntica a mim mesmo
Sou e não sou ao mesmo tempo, no mesmo lugar e sob o mesmo ponto-de-vista
Não sou divina, não tenho causa
Não tenho razão de ser nem finalidade própria:
Sou a própria lógica circundante.
 
Este poema de Ana Cristina aponta para um dos aspectos do fazer poético de Fernando Pessoa: a coexistência de diferentes eu-poéticos que se sobrepõem no momento da escritura poética, ou seja, a possibilidade do poeta se expressar através de diferentes “identidades” poéticas – como os heterônimos de Pessoa. O poema Isto, de Pessoa, parece demonstrar a ideia de racionalização da poesia:
 
ISTO
 
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
 
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
 
A preocupação com o ritmo também é uma constante no trabalho tanto de Ana C. quanto de Pessoa. O poeta português, dedicou várias páginas à análise da importância do ritmo ao poema:
 
A linha isolada é uma unidade rítmica. A qualidade rítmica depende, como aliás dependeu sempre, do poeta. (…)
O verso é a prosa artificial, o discurso disposto musicalmente. Não é outra a diferença entre as duas formas da palavra escrita (PESSOA, n/d, p. 78).
 
Podemos perceber que a musicalidade é algo intrínseco à poesia na concepção de Pessoa. Também para Ana C., a música é essencial à existência do poema, confundindo-se com este:
 
Meu filho. Não é automatismo. Juro. É jazz do
coração. É prosa que dá prêmio. Um tea for two
total, tilintar de verdade que você seduz,
charmeur volante, pela pista, a toda. Enfie a
carapuça.
E cante.
Puro açúcar branco e blue.
 
Para ambos os autores, o ritmo é um dos fatores essenciais do poema, que o caracteriza e sem o qual este não existe.
 
Conclusão
 
Neste artigo, procuramos investigar até que ponto podemos considerar próximas as escritas metapoéticas do grande escritor português Fernando Pessoa e da poeta carioca contemporânea Ana Cristina Cesar. Após o estudo de metapoemas de ambos os autores e de alguns de seus principais textos teóricos, tal que parte da fortuna crítica destes, elencamos determinados pontos que consideramos importantes.
A principal semelhança nas concepções de poesia dos poemas em questão é a sua visão de poesia como um produto do intelecto. Assim, mesmo que tenha sua “fonte” seja uma emoção, esta precisa ser “estetizada” ou “racionalizada” para, então, tornar-se uma obra poética.
A importância do ritmo para o poema também aproxima a estética desses poetas, dado que estes consideram a musicalidade um elemento intrínseco da poesia.
As coincidências entre os poetas e suas obras são ainda mais numerosas do que as estudadas nesta pesquisa: ambos foram tradutores, estudiosos de literatura e escreveram em inglês e em português, assim como escreveram poemas e ensaios sobre poesia, arte e literatura. Dedicaram poemas ao fazer poético, metapoemas, o que mostra que refletiam sobre seu ofício.
Como dito, esta pesquisa não teve foco quantitativo, ainda que tal perspectiva possa ser um caminho interessante e produtivo. Contudo, esperamos que este trabalho contribua para pesquisas futuras, assim como divulgue a poesia de Ana Cristina Cesar, demonstrando também sua importância para a literatura de expressão em língua portuguesa.
 
Referências
CESAR, Ana Cristina. A teus pés. São Paulo: Ática, 1998.
CESAR, Ana Cristina. Crítica e Tradução. São Paulo: Ática, 1999.
CESAR, Ana Cristina. Inéditos e dispersos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
HOLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.
JUNQUEIRA, I. Ana Cristina Cesar: a vocação do abismo, O Estado de S. Paulo, São Paulo, 3 jan. 1987.
LIMA, Dhandara Soares de; AISSA, José Carlos. O fazer poético de Edgar Allan Poe e Fernando Pessoa. In: Anais do I CIELLI – Congresso Internacional de Estudos Linguísticos e Literários. Disponível em: <http://www.cielli.com.br/downloads/101.pdf>. Acesso em 10 Ago. 2011.
MALUFE, Annita Costa. Territórios dispersos: a poética de Ana Cristina Cesar. São Paulo: Annablume, FAPESP, 2006.
MARCHI, Tatiane; FRANCHETTI, Paulo. Ana Cristina Cesar e a poesia marginal. Revista Língua, Literatura e Ensino, v. IV. Maio/2009. p. 385-94.
MORICONI, I. Ana Cristina Cesar: o sangue de uma poeta. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1996.
PESSOA, Fernando.  Cancioneiro. 1934.
Disponível em: <http://www.insite.com.br/art/pessoa/cancioneiro/index.html> Acesso em: 17 Mar. 2011.
PESSOA, Fernando. Páginas de estética e de teoria e crítica literárias. 2ª ed. Lisboa: Ática, s. n.
 
[1] LIMA, Dhandara Soares de; AISSA, José Carlos. O fazer poético de Edgar Allan Poe e Fernando Pessoa. In: Anais do I CIELLI – Congresso Internacional de Estudos Linguísticos e Literários. Disponível em: <http://www.cielli.com.br/downloads/101.pdf>